quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Por que dou bola para os ateus?

   Recebi esse pergunta através de e-mail e vou responde-la de maneira breve através de um post rápido.

   Quem quer que diga que o cristianismo e a Bíblia não têm sofrido ataques diretos ou indiretos através de chacotas ou até mesmo disfarçadas de intelectualidades da indústria cultural, essa pessoa provavelmente não vê televisão, não lê uma revista (Superinteressante ou a Veja) e muito menos acessa a internet.

   É verdade que 99% é um besteirol que nem merece atenção, e não citarei exemplos simplesmente por não querer dar atenção a quem não precisa de mais do que já recebe.

   Mas é normal ver um crítico como Michael Shermer (que por incrível que pareça é um editor da revista Skeptic) dizer, por exemplo, que no primeiro capítulo de Gênesis Adão e Eva foram criados ao mesmo tempo e no capítulo seguinte Adão é criado antes da mulher. Será que ele acha que isso abala a fé de alguém? E o pior é que o (melhor não colocar adjetivos) cara fala bobagens dessa em na TV. Antes fizesse o dever de casa e estudasse antes de criticar.

   Confesso que as vezes tenho que segurar o meu lado sarcástico, mas quando vejo quantidades absurdas de bobagem até sinto um pouco do veneno escorrer de minha boca.

   Então me propus a escrever um blog que entre outras coisas vou defender o cristianismo de forma racional. Pois o cristianismo é uma religião racional, cujo o Deus é racional e que exige de nós cristãos respostas racionais.

   Por fim, não é que eu esteja de fato dando bola para o ateísmo, embora ache que mereçam atenção por serem quase 10% da população brasileira e sejam pessoas que também buscam a salvação, mas o objetivo principal aqui é dar ao cristão oportunidades de aprender um pouco mais sobre a sua fé e como defende-la, apenas isso.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ensino Religioso

   O Ensino Religioso na Educação Adventista crê que toda verdade encontra seu centro e unidade em Deus e que a verdade é comunicada ao homem por meio da natureza e seus atos providenciais, mais especificamente por meio de Jesus Cristo e Sua revelação inspirada, a Bíblia. Portanto, o objetivo da Educação Adventista é desenvolver no estudante a compreensão desta revelação e a fé em Deus e na Bíblia.

   No ensino religioso, o professor e o estudante são levados a refletir sobre os aspectos da realidade, numa perspectiva cristocêntrica, num processo intencional e sistemático. O objetivo é levar os alunos a internalizar voluntariamente uma visão de vida orientada para o serviço, motivada pelo amor e voltada para o reino eterno de Deus.

   O foco central do ensino da Bíblia é o desenvolvimento das relações. A mais importante dessas relações é a desenvolvida com Deus. Quando se busca companheirismo e comunicação com Ele, é possível o desenvolvimento de um caráter que se expressa finalmente no serviço aos outros.

   O professor de Ensino Religioso deve ter em mente a importância da aplicabilidade de sua disciplina em seu viver diário com os estudantes, ou seja, explicação prática do que significa ser cristão, isso é percebido pelo testemunho pessoal, nos hábitos, no vestuário, na alimentação e nas opções de lazer. Enfim, é o resultado da cosmovisão bíblica pessoal em relação à origem, queda, restauração do homem.

   O conhecimento bíblico sem a vivência pouco contribui para o sucesso nas relações. Portanto o currículo de Ensino Religioso deve influenciar os alunos a um viver coerente com os princípios básicos da ética cristã e de sua valorização como indivíduos e como membro de uma sociedade, com responsabilidades e direitos em relação ao ambiente, à vida e à família.

Os professores devem introduzir os alunos a pensar, e a entender claramente a verdade por si mesmos. Não basta o professor explicar, ou o aluno crer, cumpre despertar o espírito de conhecimento, e o aluno ser atraído a declarar a verdade em sua própria linguagem. Tornando assim evidente que lhe vê força e faz aplicação (White, 2008 a, p. 111).

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Filosofia na Educação Adventista

   A filosofia é um conjunto de conhecimentos que tem por função, primeira e essencial, o ato de refletir, de repensar, de retomar, e de reconsiderar os dados disponíveis numa busca constante de significado. Ela deve possibilitar ao estudante a discussão e a análise da arte, da política, da religião e das ciências numa busca constante através de um pensar consciente, capaz de avaliar e de verificar.

   O estudo filosófico deve levar ao aluno o entendimento dos conceitos das filosofia como subsídio para a compreensão do tempo e da sociedade em que se vive, pois “a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. (Merleau-Ponty).

   Todo ser humano tem uma concepção do mundo, uma linha de conduta moral e política e é capaz de examinar sua maneira de agir e pensar para mantê-la ou modificá-la. Em sua vida cotidiana, afirma, nega, deseja ou recusa coisas, pessoas e situações. Acha óbvio que todos os seres humanos sigam regras e normas de conduta, possuam valores morais, religiosos, políticos, artísticos. Vivem na companhia de seus semelhantes.

   O desejo de descoberta, vontade de verdade, todas as questões acerca da natureza exterior do homem, da natureza interior ao homem requerem crítica, ou seja, esforço de rompimento com o torpor dos hábitos intelectuais, fontes de dogmatismo e intolerância. Além disso, verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso são questões filosóficas. Os cientistas partem delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas.

   A filosofia também ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto, estimulando a elaboração do pensamento abstrato. Se a condição do amadurecimento é a conquista da autonomia  no pensar e no agir, a Filosofia ajuda o indivíduo a exercer desde cedo esse olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo.

   A Filosofia exerce um trabalho de pensamento no qual se faz crítica do estabelecido, introduzindo por excelência o questionamento e a dúvida em todos os setores do saber e do agir humano. Ela supera o saber ingênuo e não-crítico ao desacomodar os indivíduos do já feito e já sabido, ampliando os horizontes para além da mentalidade contificista, tecnocrata, pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana, quando alienada. Além disso, sua abordagem totalizante supera o saber fragmentado dos especialistas e estabelece a interdisciplinaridade.

   Dessa forma, a Filosofia busca o fundamento do saber e do agir, faz crítica da cultura e se pronuncia como discurso contra ideológico. Trata-se de um processo que nega imediatamente o vivido, para que, ao buscarmos sua gênese e seus fundamentos, podemos transformá-lo em experiência compreendida.